segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Crimes no Canil Municipal de Lisboa

Tal como referi AQUI, estive na Assembleia Municipal, onde intervi acerca do Assassinato do meu gato cinzento no Canil Municipal de Lisboa e do próprio Canil.
Agora recebo um email da Câmara, enviando, em anexo, um texto pdf, com um chorrilho de demagogia bacoca. Fui ler pensando que era a resposta à minha intervenção na Assembleia Municipal.

Não podia deixar de responder.

É essa resposta que transcrevo abaixo:

A questão MAIS RECENTE, que me opõe, de forma veemente, à actuação (à existência) do Canil/Gatil Municipal de Lisboa é concreta e tem que ver com o ASSASSINATO do MEU gato cinzento.
Nesse acto pérfido, infame, revoltante, praticado pelos funcionários do Canil, EM COMPLETA VIOLAÇÃO DAS LEIS e até das mais elementares regras de civismo, estiveram envolvidos outros intervenientes que actuaram de forma igualmente criminosa.
Esses assunto (e a questão do Canil em Geral) foi exposto, por mim, na Assembleia Municipal de Lisboa.
Quando recebi este email imaginei que seria alguma resposta digna desse nome; mas não!
A edilidade continua a pugnar pela demagogia pérfida, cínica e oca de conteúdo, ao invés de actuar como se impõe: CRIANDO AS CONDIÇÕES PARA ACABAR COM ESTAS INFÂMIAS.

Já o disse várias vezes, não me lembro se disse nalguma destas mensagens mas tenho-o dito publicamente: A QUESTÃO DOS ANIMAIS DE COMPANHIA, na cidade, resolve-se de forma digna, sensata, civilizada, DECENTE, A CUSTO ZERO para a Edilidade que esbanja o NOSSO dinheiro naquele antro de criminalidade que é o Canil.
Mas, claro! Isto (haver soluções dignas e serem implementadas) tem que ver com os conceitos, com a idoneidade e a ídole, de cada um... A vossa falta "disso" tudo, só vos permite produzir verborreia desta e não fazer o que tem de ser feito.
É caso para dizer: quando será que as instituições COLABORAM conosco na resolução dos problemas, ao invés de persistirem nos seus crimes abomináveis e depois ainda nos indignarem obrigando-nos a ler esta verborreia cínica e demagógica.

Já agora e a propósito, há uma coisa que quero que saibam:
Eu andei, DURANTE ANOS, a caminhar para os eco pontos, sempre com sacrifício e às vezes penosamente, transportando os recicláveis. Fazia-o com indignação e revolta porque os eco pontos são, eles mesmos, poluição; não são solução, apenas um FAZ DE CONTA, como tantos outros.
Fazia-o prometendo a mim mesma que deixaria de o fazer algum dia, para não colaborar com mais este embuste.
Fazia-o porque não via alternativa e na esperança de que, algum dia, alguém mais decente olhasse para a qquestão e a resolvesse, realmente. EM VÃO!
Deixei de o fazer agora.
A louca que roubou (ou promoveu o roubo) do meu gato, não leva recicláveis para o eco ponto: vai tudo para o lixo. Mas entre mim e ela, a edilidade escolheu satisfazer o seu capricho de mau carácter e cometer o crime, ao invés de me devolverem O MEU GATO, actuando com civismo e dignidade.
Portanto, vocês é que escolheram... Escolheram como sempre escolhem: pelo pior.

Não vou mais ao eco ponto (e tem sido um sossego, nesse aspecto) também porque li que a edilidade ganha milhões com a reciclagem... milhões que usa, depois, para nos molestar e ultrajar, para pagar a pessoas sem escrúpulos, para satisfazer "encomendas" pérfidas, para manter aquele antro de perfídia que é o Canil.
Não vou mais ao eco ponto e boicotarei TUDO o que possa trazer dinheiro e prestígio à edilidade, pelos motivos já referidos.
Não vou mais ao eco ponto porque a VOSSA actuação é a pior e mais destruidora poluição que há e colaborar com ela é o pior crime também ambiental.

Vêm aí eleições!
Quando a abstenção ultrapassar os 80% não se esqueçam de "analisar" bem as causas e as vossas tremendas responsabilidades. Só gente louca é que pode imaginar que o cidadão é molestado, constantemente, pelas instituições controladas pelo poder e depois vai votar, serenamente, naqueles que controlam e sancionam todas estas barbaridades, que usam o nosso DINHEIRO para as financiar. Não se esqueçam de dizer isso também nas análises públicas, dos OCS, porque não adianta esconder o Sol com a peneira: Já toda a gente percebeu, à custa da própria (má) experiência.

Isto não é resposta à minha exposição feita na Assembleia Municipal de Lisboa e espero que não seja com esse fito que recebni este email porque, se não receber resposta digna, voltarei à Assembleia Municipal... ou talvez não! Talvez encontre os "candidatos", em campanha, por aí...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Agressão Policial no Elevador do Tribunal

Artigo Publicado em SOCIOCRACIA

Detida Para Ir a Tribunal e AGREDIDA pela Polícia.









Nas Fotos acima estão ALGUMAS das marcas bem visíveis da agressão.


Na segunda feira, dia 20/07/2009, cerca das 10H00 da manhã, fui detida por 2 agentes da PSP, que se apresentaram como sendo da Esquadra de Benfica, em cumprimento dum mandato que só me foi entregue mais tarde, naquela esquadra.
Esse mandato foi emitido pela Juíza Marta Maria Gonçalves da Rocha, do 5º Juízo Criminal de Lisboa, sito no Campus da Justiça, na Expo.
“Manda”, esta juíza, “que seja detida e presente a este Tribunal, a pessoa abaixo indicada” (eu).
O mandato especifica ainda:
Tal detenção prolongar-se-á pelo período de tempo estritamente indispensável e que não poderá exceder as 24 horas, para assegurar a sua comparência neste Tribunal, no dia 21-07-2009 às 10H00, a fim de ser ouvida em audiência de julgamento...”
Fui detida à porta do prédio, com roupa que só visto em casa e logo fui impedida de entrar, sequer, para mudar de roupa.
No meio de algumas provocações e insultos, sempre alvo de tratamento incorrecto e gratuitamente arrogante como é apanágio desse tipo de gente SELECCIONADA para estas profissões, fui conduzida à esquadra de Benfica onde foram preenchidos alguns papéis e dali levaram-me para a enxovia do Governo Civil de Lisboa.
Vi-me privada de sabão para lavar as mãos, de toalha para as limpar, de meios que permitissem, sequer, lavar os pés, de papel higiénico, de escova e pasta de dentes, etc. Até estava impedida de tirar qualquer peça de roupa porque a porta da cela é de grades e, embora aquela seja uma ala de mulheres, estavam constantemente a passar homens. Aliás foi um corropio de homens (de memória conto 6 homens) de serviço àquela cela e até a entrar e a sair a qualquer hora, apesar de todas as outras celas estarem vazias e de haver uma mulher guarda, ao serviço.
No final desse dia, 20/07/2009, vi ser atirada para dentro da mesma cela uma jovem (a Rute), banhada em lágrimas, visivelmente alterada e desesperada, EM RESSACA, que ali ia pernoitar para ser apresentada em Tribunal, no dia seguinte, às 10 da manhã... Devido à ressaca a Rute não parava quieta, batia com a porta e pedia, desesperada, metadona ou qualquer coisa para aliviar. Para substituir pedia cigarros, fumou vários cigarros, e eu sou alérgica ao fumo do tabaco.
Estranhei que a pusessem naquela cela porque, como já referi, todas as outras celas estavam vazias. Depois percebi:
A Rute cumpriu quase 6 anos de prisão duma pena de 8 anos, por agressão com objecto contundente. Aquela gente estava à espera de que a Rute, no seu desespero da ressaca, perdesse o controlo e me agredisse. Teria sido uma noite feliz para eles: lixavam a Rute e eu teria a agressão que me premeditaram.
Não foi assim; a Rute é uma jóia de rapariga, apanhada na engrenagem maldita da delinquência, iniciada por mero acidente...
No dia 21/07/2009, antes das 08H30, ouvi a mulher guarda dizer: “mas são duas mulheres!” em tom que parecia ser de objecção. Logo a seguir entrou um homem pela cela dentro, homem que me pareceu ser o graduado de serviço. Veio mandar que dobrássemos os cobertores e lhos entregássemos porque iamos embora dali a pouco. Quando a Rute perguntou as horas respondeu que eram 8 e vinte e... "ainda falta", disse. Foi o 3º homem que entrou naquela cela, nessa manhã.
Passados poucos minutos veio a guarda dizer-me que saísse. À minha espera tinha 2 gorilas à paisana. Um deles era um dos que me tinham levado para lá no dia anterior e tinha assinado todos os papéis. O outro não sei quem era e quando pedi a sua identidade foi-me recusada.
Esses dois energúmenos ao serviço da Polícia levaram-me de carro, num carro civl e sem identificação, até ao Campus da Justiça, na Expo, onde funciona o 5º Juízo criminal.
Primeiro conduziram-me à esquadra da Polícia onde não cheguei a entrar. Depois, esses mesmos levaram-me até à Secretaria da 1ª Secção do 5º Juízo Criminal onde falaram demoradamente com a escrivâ (Paula Maria Soares?).
A seguir, sem qualquer explicação, agrediram-me arrastaram-me para dentro do elevador apenas porque eu quis saber porque motivo me lavavam novamente, se era ali que eu devia ser apresentada. No elevador entrou também o segurança de serviço naquele piso, para garantir que mais ninguém entrava naquele elevador.
Logo que me apanharam dentro do elevador, um dos gorilas começou a espancar-me, ao mesmo tempo que se excitava e se satisfazia sexualmente e enquanto o outro me segurava mangoando e assistindo à cena porca e vergonhosa.
Eu gritei que me estavam a bater e o escroque que me espancou troçava dizendo: “bater o quê, qual bater”, por entre as exclamações de “Amén” e outras expressões que lhe vinham com o orgasmo.


Quando o elevador chegou à cave onde se situa a esquadra, levaram-me para uma cela e eu perguntei pelo chefe. O chefe andava por ali e eu dissse-lhe que queria a identificação do bandido que me agrediu. Não disse nada, afastaram-se todos para “conferenciar” e, logo a seguir aparece esse mesmo chefe que abriu a cela e perguntou para outro, disfarçando: “É para ir para cima, não é? Já chamaram?” O outro nem bem respondeu e ele, o chefe Rogério (Coluna?), agarrou-me pelas roupas com violência, de forma a magoar o mais possível a arrastou-me andando mais depressa do que eu podia andar, até ao elevador. Mas o elevador onde tinha subido e descido antes não lhe serviu, não lhe agradou; e por isso continuou a arrastar-me pelas escandas fazendo-me subir um lance, entrar por uma porta para um átrio cheio de gente, passando por um porteiro, e apanhar o elevador no rés-do-chão, ao mesmo tempo que ME exibia e se exibia para me humilhar e aterrorizar quem visse, para aterorizar quem viu.
Entretanto ia fazendo “Show” empurrando-me e batendo-me na cabeça para que eu não lhe visse bem a placa que tinha ao peito, com o nome, enquanto dizia para “a Plateia”: - “Vira para lá! É em frente! Não vai à juíza por quê? Não vai à juíza por quê?”
O elevador voltou a subir até ao 5º juízo, este escroque exibiu-me com as marcas bem visíveis da agressão à escrivâ (Paula Maria Soares?), perguntou se tinham chamada e, perante a resposta negativa, voltou a arrastar-me para o elevador, para descer, com o mesmo aparato e com os mesmos modos abjectos, voltando a exibir-me para quem estava no rés-do chão. Voltou a fechar-me na cela sempre agredindo e puxando pela roupa de modo a magoar o pescoço que ficou com as marcas.

Passados mais uns quantos minutos, já depois das 10 Horas e portanto com o prazo de prisão ultrapassado, abriram a cela, colocaram-me algemas, o chefe Rogério aproveitou para me dar mais alguns encontrões e fui, pelo meu pé, para a sala de audiências acompanhada por 3 polícias daquela esquadra.

É óbvio que as 2 subidas e descidas anteriores foram formas de violência gratuíta, propositada e desnecessária, que serviram apenas para me molestar e maltratar, para terem oportunidade de me espancar, para violar todos os meus direitos, porque tinham instruções para actuar assim mas também porque esses vermes são mesmo assim: não é possível esperar outra coisa nem comportamentos mais dignos desse tipo de gente. A culpa é de quem os escolhe, os investe das funções que não sabem exercer e lhes garante impunidade para todos os crimes que cometem.

“Isto” são “agentes da autoridade” a quem as leis, feitas por políticos tão bandidos como eles, impõem ao cidadão “obediência” e a quem esses mesmos políticos garantem impunidade para prarticarem todos e quaisquer crimes. E são uma amostra que representa bem o que há por lá. Nem outra coisa seria possível: se estes não fossem a regra mas a excepção, já teriam sido punidos e corridos há muito tempo.
Tenho 60 anos e sou mulher. Imaginem o que não seria se o meu filho, que já estava a telefonar para me localizar, tivesse ido me buscar e me visse naquele estado com o polícia agressor por perto. Os polícias são os piores criminosos! Isto é um descalabro total.

Entrei na sala de audiências ALGEMADA e com as marcas da agressão bem visíveis . Naquela sala estavam 4 advogados, a escrivâ já referida (Paula Maria Soares?), a juíza autora do mandato de detenção e um MAGISTRADO DO MINISTÉRIO PÚBLICO, para além de cerca de 10 testemunhas.
Tanta gente com responsabilidades mas ninguém fez uma exclamação, referiu o facto, lavrou um protesto, enfim: tomou as providências que se impunham.

Mais grave, enquanto os polícias me espancavam gritei o mais que pude (no átrio do 5º Juízo e no elevador do Tribunal) tendo sido escutada e vista por muitas pessoas. Quantos magistrados do Ministério Público, quantos Juízes e advogados ouviram e viram fazendo vista grossa? Essa gente sabe o que é crime e também sabe que tem o dever de prestar socorro em tais circunstâncias... Ninguém mexeu uma palha, ninguém interpelou os polícias, NADA...

Os cidadãos não era espectável que interviessem, até por estarem num local daqueles com tanta gente com responsabilidades e conhecimentos, com obrigação de actuar; mas os profissionais da Justiça revelaram bem o que são e o conceito que têm de justiça, a forma como "cumprem" as suas obrigações legais...
Conclusão: estão todos implicados, são todos cúmplices; isto é a justiça PÉRFIDA E MALÉVOLA que temos.

A juíza ainda gozou, quando eu disse que não estava em condições de estar de pé, dizendo que me achava em muito boas condições... Os juízes são outros a quem o cidadão, por lei, deve obediência e respeito; até pode ser preso para “respeitar”; outros que podem fazer tudo e que, por isso, cometem todos os crimes, até crimes inimagináveis como neste caso.
A juíza foi mais longe: ameaçou que me mandava para a prisão logo dali quando eu disse que não podia estar de pé. Mandava-me para a prisão porque o sr. Magistrado do Ministério Público CERTAMENTE requereria... Pelo meio foi dizendo, como provocação certamente, que eu estava ali para exercer o direito de ser ouvida porque "nós aqui respeitamos os seus direitos", disse olhando para mim e vendo-me naquele estado, COM AS MARCAS DA AGRESSÃO BEM VISÍVEIS. Fartou-se de gozar, a juíza Marta Maria Gonçalves da Rocha...

E depois, quando eu expliquei os meus motivos de indignação que motivaram a denúncia dos actos torpes de José Maria Martins e que são os fundamentos daquele processo, respondeu que eu iria ver que a liberdade de expressão tem limites.

Assim a juíza afirmou, claramente que, por um lado, o Ministério Público faz o que ela manda e, por outro lado, a sentença já estava “cozinhada”; não importava o que eu dissesse..


Vivi uma situação caricata e surreal, COMO É NORMAL NOS NOSSOS TRIBUNAIS: para exercer o meu direito de ser ouvida mandaram-me prender... e humilhar, e ultrajar, e agredir e molestar. Prefiro não ter o “direito” de ser ouvida. Para quê? Para dizer o que estava dito e escrito e para sancionar, com a minha presença (ao menos foi forçada e não voluntária) aquela palhaçada em que a sentença está ditada à partida e os julgamentos servem só para esbanjar o nosso dinheiro, para desperdiçar MUITOS meios e para molestar as pessoas?


Disse a Juíza que “A liberdade de expressão tem limites (é assim uma espécie de “Liberdade” amordaçada... pelos juízes)... E quem melhor do que juízes assim com comportamentos destes para definir os limites das nossas liberdades?
O melhor é o cidadão, logo que se levanta, consultar um juíz para saber o que pode fazer e dizer nesse dia, no âmbito da “Sua” Liberdade individual. Indignação? O que é isso? Ninguém tem o direito de se indignar com nada. Os patifes podem fazer tudo às claras e o cidadão tem de “comer e calar”., são os juízes que decidem e pronto.

Enquanto estive naquela sala de audiências estiveram também 3 polícias... a audiência decorreu com apresença de 3 polícias; isto porque eu estava detida, despojada até dos meus pertences que estavam na esquadra. Saí da sala de audiências acompanhada pelos polícias e permaneci detida até depois das 11 horas da manhã, ultrapassando largamente o prazo máximo de prisão especificado no mandato... É só mais uma violação das leis e regras especificadas no Mandato elaborado pela escrivã Paula Maria Soares e assinado pela Juíza Marta Maria Gonçalves da Rocha. Este tipo de gente é assim mesmo: têm de violar as leis para se sentirem alguém, para testarem a sua impunidade, para afirmarem claramente que as leis não se lhes aplicam, que nãoi têm de cumprir leis por que eles são "a lei" (da selva).


Estamos a viver, realmente, a mais cruel das tiranias.


O resto eu conto noutra altura.
Apenas referir que é um Processo que tem que ver com o PROCESSO CASA PIA, que o “queixoso” é José Maria Martins que não gostou de ter sido denunciado à ordem dos Advogados. É o Processo nº 13158/04.OTDLSB.


Campanha:

Assine a Petição Para Valoração da Abstenção



Isto tem de mudar, definitivamente. A nossa liberdade e a democracia não podem continuar sequestradas por gente desta e à mercê destes crimes ignóbeis.

TEXTO PUBLICADO EM:

-- PAPALVOS

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-- REMÉDIOS CASEIROS

-- Poemas e Pensamentos ao Acaso

- O Arquivo

APELO!

Atenção às campanhas mais recentes:

Petição Para Valoração da Abstenção

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Denúncia de Agressão Policial

Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa